O meio é a mensagem

Vamos partir dos princípios McLuhianos.
McLuahn acredita que com o surgimento de cada novo meio cria-se, novo ambiente social; cada nova tecnologia remodela o "sujeito cultural".
Diante o novo meio, o que importa é a nova maneira de dizer e como dizer.
O conteúdo, portanto, tem sua importância, mas é submetido à forma trazida pelo novo meio.
O conteúdo do e-mail por exemplo, é a carta remodelada por uma nova forma virtual de comunicação: a internet.
A informática remodela o ambiente social, as características sensíveis do meio são outras, a velocidade e a distância são diferentes, dão, portanto uma nova forma e inserem o sujeito neste novo universo.

Sociedade do Espetáculo


A sociedade do espetáculo ou melhor 'La Societé du Spetacle, foi um livro escrito por Guy Debord.
Publicado pela primeira vez no ano de 1967, o autor explica que 'o espetáculo' é uma forma de vivência em que a vida real é fragmentária, onde os indivíduos contemplam e consomem passivamente - e compulsivamente - as imagens de tudo o que lhes é facultativo em sua existência real.
A sociedade em que vivemos pode ser aplicada ao modelo descrito por Debord.
No decorrer da história, podemos verificar em quadros, livros, registros em geral a ostentação dos valores materiais e intelectuais. A antiga sociedade valorizava o poder - de qualquer espécie - e colocava os detentores desta premissa no mais alto patamar.
Atualmente, as pessoas estão muito preocupadas em 'parecer' algo, ou seja, vivemos para preservar uma imagem que relativamente deve ser perfeita.
Uma mídia que exemplifica muito bem, em miúdos, esta questão da sociedade do espetáculo é a música "O papa é pop" do Engenheiros do Hawaíi, que segue a seguir.

“O presidente é pop/
um indigente é pop/
nós somos pop também/
a minha gente é pop/
a tua mente é pop/
não poupa ninguém/
uma palavra/
na tua camiseta/
(...) toda catedral é populista/
é pop é macumba pra turista/
e afinal? O que é rock'n roll?/
Os óculos do John ou o olhar do Paul?”

Cutura de massa, modismo, 15 minutos de fama, tendências, clichês = sociedade do espetáculo.
Aviso aos pais: mantenham seus filhos longe do fogo, das facas, dos fios desencapados e dos Rebeldes e Hanna Montana.
A seita dos que preservam a sanidade mental e individualidade do ser humano agradecem o afinco com a criação de melhores indivíduos para uma melhor sociedade futura.
Afinal a Sociedade do Espetáculo está fadada a morrer pela sua irracionalidade-por não ser necessária à natureza humana, pois tudo que antes é real se transforma em irreal, perde a sua necessidade, seu direito de existir, seu caráter racional; à realidade que vai agonizando sempre é sucedido por uma nova realidade-pacificamente, sem luta, ser for razoável e verificar que seu tempo passou, ou pela força se insistir em permanecer.
Amém.

Ensaio sobre a inteligência.

Sempre achei ser inteligente um quesito primordial para a minha existência, isto porque, sempre me defrontei com a vontade de tornar-me um 'ser intelecto-pensante-ao-extremo'.
Lia livros, me informava de todas as formas possíveis, mas isto não era o suficiente. Existia dentro de mim a fatalidade da ignorância, o senso comum imperando - mesmo que em menor escala.
Eis que, chegando a determinado ponto, descobri que não havia muito a se fazer, postulado que, antes de me tornar 'pensante', eu era apenas humana.
Pierre Lévy, quando fala de saber, acredita que ler livros, entender conceitos perfeitamente, discutir com propriedade uma gama de assuntos (entre outros) não é o melhor atestado de inteligência. Ele, por sua vez, acredita que para ser inteligente de verdade, é necessário além disso, conhecer cognitivamente o mundo.
O saber cognitivo está implícito nas pequenas ações, na percepção que temos do mundo desde que nascemos, o modo como lidamos com o senso comum.
Apesar de concordar com P.Lévy, acredito que mesmo que todos sejam dotados de inteligência, a busca por novos conhecimentos enriquecem e tranformam os seres humanos.
Por esta razão, é essencial que deixemos a cognição como complementação e encaremos a busca pela inteligência adicional, uma premissa vital para nossa vivência.